Gênesis 1:20 - E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.

Esse verso apresenta diversos pontos interessantes:

1) Será que Deus criou os répteis a partir da água? Não. Gênesis 2:19 esclarece que os animais, assim como o homem, foram criados a partir do pó do solo. 

O que então significa "produzam as águas ... répteis"? Não significa que os répteis foram formados a partir da  água, mas sim que Deus formou um casal de cada espécie bíblica de réptil e os colocou na água para que se reproduzissem naturalmente. O mesmo se deu com as criaturas voadoras. 

Ressaltando que aqui se fala sobre espécie bíblica. Por exemplo, o tentilhão é uma única espécie, independente de que tipo de bico um determinado tentilhão tenha. Mesmo com bicos diferentes formam uma única espécie bíblica e não várias.

2) Note que se diz que as aves (a palavra hebraica usada aqui se referindo a criaturas voadoras) voariam na "expansão", ou "firmamento", ou "vastidão" dos céus. Isso mostra claramente que a expansão, uma estrutura estranha como alguns dizem, nada mais é do que nossa atmosfera, onde voam as aves.

3) Aqui diz que tais animais são "almas viventes", o que mostra que alma não é um espírito que temos dentro de nós, mas simplesmente uma criatura vivente e que os animais todos são almas. 

A palavra hebraica usada aqui é nephésh e significa "um ser que respira", nada tendo a ver com o conceito platônico de uma alma imortal.

4) Alguns afirmam que no relato não se explica a criação de todos os tipos de insetos e de outros seres vivos que devem ter sido formados antes dos répteis e das criaturas voadoras mencionadas aqui. Para citar apenas um exemplo, temos as minhocas, necessárias para tornar o solo fértil e permitir que a vegetação crescesse no terceiro dia. Evidentemente a criação delas teve de estar relacionada à formação do solo e da vegetação no terceiro dia.

No entanto, a Bíblia não se dispõe a explicar cada detalhe da Criação, mas conta apenas a história geral, deixando para nossa curiosidade o trabalho de estudar as obras criativas (Eclesiastes 3:11)